VisitCuba - Portal de Turismo de Cuba

go to content

Estórias e Lendas

Comboio da Cuba

Contam os mais antigos que quando foi feita a linha do caminho de Ferro no Alentejo, o seu traçado com visão futurista passava longe das vilas e das cidades, como é o caso do Alvito.

Passava obrigatoriamente por muitas terras de agricultores, entre as quais as de um grande proprietário de Cuba, que não ficou contente com o afastamento da linha do caminho de ferro da Vila e só autorizou a passagem pelas suas terras com a condição do comboio passar e parar junto a Cuba.

Tudo se arranjou a contento de todos. Mas, não há bela sem senão… e quando os habitantes do Alvito souberam, não ficaram nada contentes.

A linha foi feita e quando o comboio passou por Cuba na sua primeira viagem em 1864  ( a grande viagem inaugural da linha do Alentejo ), o povo correu em massa à estação (pois ficava dentro do povo) para ver o comboio passar.

Foi um dia de festa!

Quando o comboio parou na estação, com grande orgulho, um valoroso Cubense cobriu-o  com a bandeira do Conselho de Cuba. Mas foi logo no preciso momento que o comboio fez a descarga de vapor.

 

Santos Populares

 À semelhança de outras zonas do país também em Cuba o mês de Junho é sinónimo de festa. Mês de Santos Populares, de bailarico, ruas enfeitadas, manjericos e cheiro a sardinha assada, pela vila não se esquecem as tradições de outrora.

 Na noite de Santo António chegam-nos as Marchas Populares, ensaiadas e coreografadas pelas gentes da terra,cuja missão é aliar a temática aos costumes locais. A música e o brilho das vestes atraem os curiosos á rua para assistir a esta dança popular. Em noite de alegria reproduz-se o Mastro, um arraial animado onde se tenta recriar o salto da fogueira, antigamente, feito pelos rapazes ,simbolicamente ligado à saúde , ao acasalamento e à fertilidade.

 Estas manifestações prosseguem ao longo do mês, em Cuba e nas freguesias, com bailes e atividades que culminam na noite de São Pedro com o desfile de Marchas Populares de várias regiões junto ao Parque Manuel de Castro.

 Logo um Alvitense, ruído de inveja, ( pois o comboio em Alvito passa a uns cinco quilómetros da vila ) sussurrou para o outro:

- ESTÁ A TAPÁ-LO COM A MANTA … VEM SUADO!… E assim ficou.

Ainda hoje, alguns forasteiros dizem ao passar por cá:

- PÕE-LHE A MAAAAANTA    ….      QUE ELE VEM SUADO!…

E nós, os da Cuba até gostamos, pois somos dos poucos Alentejanos que temos o comboio dentro da nossa vila, … mas damos fita, … fazemos que estamos zangados … é só a fingir. Estamos é muito orgulhosos da nossa estação estar dentro do povo e os outros que se roam de inveja ...

 

 Lenda da Ponte Romana

Conta a história sobre a Ponte Romana, de Vila Ruiva, de que neste sítio vivia o Diabo, e que, quem passa-se por lá durante a noite, era convidado a jogar às cartas, se ganhassem seguiriam viagem, mas se perdessem teriam que entregar a sua alma .

Sabendo de antemão que o Diabo iria enganar as pessoas, o jogo nunca seria justo, até porque este é o Rei da Mentira e da Batota.

Como as pessoas perdiam sempre, eram obrigadas a entregar a sua alma ao Diabo, que as obrigava a vaguear pela zona da ponte, e, ainda hoje quando se ouvem ruidos ao entardecer, dizem que são as almas penadas que aqui ficaram presas por terem perdido no Jogo de Cartas com o Diabo

 

A Lenda do Poço de S. Vicente

Contam que, quando S. Vicente ainda andava pelo Mundo, passou por Cuba.

Nessa altura era uma terra despovoada, com muito pouca gente e as pessoas só vinham para cá na época das vindimas e das colheitas. Como estava com sede, procurou onde beber uma gotinha de água. Encontrou uma nascente à entrada da Cuba e bebeu da sua água. Achou-a uma maravilha, fresquinha, limpa,…  mesmo boa. Gostou tanto da água que resolveu dar-lhe um dom e protagonizou:

“… Quem desta água beber, nesta terra quererá ficar ...”

E assim foi. As pessoas começaram a ficar cá e continuaram a beber a água do Poço de S. Vicente e predestinação continua.

As pessoas que vêm a Cuba gostam tanto de cá estar que voltam sempre e muitos forasteiros têm-se radicado cá.

Dizem até que antigamente, as moças da Cuba, quando os namorados eram de fora e nunca mais se resolviam a casar, elas como quem não quer a coisa, os levavam a beber a água do poço de S. Vicente para ver se eles não abalavam... e ficavam, não era por causa delas, … era a modos da água.

Dizem os naturais de Cuba que “ Cuba é melhor madrasta que mãe” que todos os que cá chegam querem cá ficar, mas não é assim; o Dom que S. Vicente deu à água é que ainda hoje faz milagre.